domingo, 14 de dezembro de 2014

SENTIMENTALMENTE

O sol nasce no horizonte,
Iluminando minúsculos e gigantes.

Aos amantes,
Não amantes,
Opacos, ofuscados
Ou brilhantes.

Se fôssemos perspicazes,
Ligeiramente capazes,
De darmos as mãos,
Seríamos fortes que nem Sansão,
Hábeis como Zumbi,
Goleadores como Platini,
Nos campos,
Batalhas da vida,
No luar que nos incita,
Ao romantismo anti-pornografico,
Ao fim do sofrimento nos calvários.

Chega!
De achar que o sofrimento é sina.
Chega!
De marcharmos ébrios nas esquinas da vida.

Fugindo do inferno que nos conduz,
Vivendo nos bares que nos induz,
Alucinações mediante,
Ébrios, dopados, irrelevante.

Já olhou pro céu e viu o sol?
Já contemplou a vida ao invés do futebol?
Por mais que eu tente esconder,
O verso insiste em dizer,
Somos seres autodestrutivos,
Navegantes nos mares do abismo.

Porque irmãos,
Vivemos de ilusão,
Da maior bunda,
Da melhor puta,
Mas por dentro,
Clamamos por ajuda!
Pois assim foi criado,
Assim foi inventado,
Ser forte por fora,
Morrer por dentro,
Suplicando um alento.

Eu quero,
Voltar a ver a vida com bons olhos!
Eu espero,
Admirar a lua com meus olhos!

Não quero mais depressivo,
Vislumbrar outro depressivo.
Que a tristeza morra,
Sentimentalmente nessa porra!

Alberto Ativista, escritor e poeta.

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