quinta-feira, 30 de abril de 2015

COMO SE NÃO HOUVESSE O AMANHÃ

Hoje eu vou dizer eu te amo como se não houvesse o amanhã,
Me livrar das estratégias do Satã,
Que diariamente idiotiza nossa nação,
No rádio, outdoor, televisão.
Quero fazer diferente,
Porque não sei como será daqui pra frente.
Dia das mães está chegando e ela não está aqui,
Um dia também eu vou partir,
Não haverá amanhã, só lembranças manuscritas,
Frases sentimentalistas,
Poetizadas na internet ou no caderno,
Do pó ao pó voltará o Alberto.
Custou sangue e lágrimas minha
aprendizagem,
Todo dia eu vivo um resgate,
Eu mesmo tenho que descer até o
mais obscuro do meu interior,
Resgatar-me em meio a solidão e
dor.
Juntando os pedaços e tentando me reinventar,
Dos cacos, das cinzas, do lamentar.
Vivemos o hoje de forma suicida,
Não é exclusividade minha,
Está no nosso instinto se autodestruir,
Mas, está na nossa essência reerguer, reagir.
Abrace, beije, sorria, viva!
Como se fosse o último gol da última partida.
Somos potencialmente bons ou maus,
Rousseau já falou que o fato é social,
Nossos exemplos ignorantes,
midiáticos, elitistas,
Potencializa nosso lado cruel e
egoísta.
Troque o Cristiano Ronaldo pelo nosso Betinho,
Só assim a vida tem sentido.
Porque se não houvesse o amanhã
com certeza,
O hoje teria valido apena.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

domingo, 26 de abril de 2015

SALVE!

Ao longo da minha vida, em determinados momentos, muitos desses momentos tormentos e frustações, algumas pessoas, alguns nomes, foram importantes, ofereceram respeito e ajuda. Quero registrar esse salve porque somos humanos, e como tal, necessitamos ouvir e saber das pessoas que elas reconhecem nossos esforços. Eu sou um homem de memória, e homem de memória agradece.
Salve ao Rio de Janeiro:
Alessandro Carvalho, nossa amizade é forte irmão, rolaram muitos boatos, mas o respeito que eu tenho por você não mudou.
Um salvão também para Leonardo Larché, José Loiola, Nadson Brito, Maurição, Carlos, Batista, Nonato Silva cabelo e estilo, o evangélico Reginaldo, meu parça João que respeitosamente chamo de Johnny. Gabriel, Jonathan, Avelino outro que me fortaleceu muito. Todos esses, com exceção do Nonato Silva, Carlos e Batista, eu conheci pelas terras cariocas e fluminenses.
Salve ao Ceará: Nonato Pires, Diá, Arnaldo vulgo coreano, o vascaíno Kleyton, o flamenguista Duardin (menor), Luís vulgo Zunin Zoião, André, Flaviano. Aos falecidos Lucas e Wellington.
Salve ao Paraná: Careca e todos os manos do Rajada Mcs. Obrigado pelo respeito!
Salve ao Amapá: Escritora, poetisa, pianista, formada em direito, Samara de Oliveira.
Alguns desses me estenderam a mão em momentos difíceis, outros brindaram um vinho, uma cerveja, ou comeram um churrasco comigo. É impossível não esquecer de alguém, mas o salve está registado para alguns nomes que caminharam na mesma estrada que a minha, ou ainda caminham.
Alguns verão o salve, outros nem se quer tenho notícias. Mas, desejo PAZ E PROSPERIDADE A TODOS!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

SOLIDÃO

Tem algo pior que solidão?
Solidão maltrata, mata aos poucos... Normalmente os suicidas são
solitários.
Estamos numa era em que temos
muitos "amigos", estamos sempre
cercados por pessoas, e mesmo
assim nos sentimos sós. Quantos
amigos você tem no Facebook? No
whatsapp? O sexo ou é virtual, quando não, até esquecemos o nome da pessoa com quem transamos. Somos frios, e
recebemos frieza, porque a vida é
como um espelho, reflete nossos atos.
Você acredita em quê? Deus? Buda? Satã? Ou não acredita em nada? Guevara teria dito "Eu acredito no homem". O homem... Ser dominante do gênero homo, mas existem HOMENS e homens. Qual a diferença? O tamanho!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O SOL NASCE NO HORIZONTE

5 da manhã o sol nasce no horizonte,
Entre cores da aurora por trás dos montes.
É o planeta terra em mais um alvorecer,
Iluminando os Policarpo Quaresma, Ana Terra,  eu e você.
Somos o Tempo e o Vento de uma nova geração,
Que passa horas em frente a televisão,
Grafita a parede e o corpo,
Sangra, agoniza por socorro.
A sociedade da luta de classes permanente,
Consome tudo e todos exageradamente.
Algumas pessoas devem ter uma tênia na barriga,
Uma fome que castiga.
Pois consumimos demasiadamente,
Carne bovina, suína, corpo e mente.
Eu também queria um táxi para a estação lunar,
"Albert o que é que há?"
Há muita coisa meu querido,
Principalmente o nosso extermínio.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

PESSOAS PARTE 2

Pessoas... Elas vêm e vão por vários motivos.
As vezes elas vêm porque gostam de você, às vezes vão porque deixam de gostar de você.
Às vezes vem porque querem arrancar algo de você, às vezes vão porque já arrancaram tudo.
Pessoas...
Elas são de vários cores, ideologias, luminosas e obscuras.
Umas usam a educação para romper barreiras, outras usam metralhadoras.
As pessoas são assim mesmo, lindas, feias, esclarecidas e confusas.
Algumas são ricas, outras pobres, altas, baixas, gordas, magras, eu também sou pessoa, mas também sou poeta.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

O ESCRAVISMO NO BRASIL

O escravismo no Brasil tem muitas faces, mas vou falar de uma em especial, o escravismo empresarial.
O que seria isso? Ora, as empresas que negam os direitos trabalhistas conquistados a sangue, suor e mortes no Brasil. Nesse nosso riquíssimo e imenso país há cidades que não ofertam trabalho, e outras que ofertam. Notou que falei trabalho, não emprego?  Qual a diferença entre trabalho e emprego?
Trabalho: Te dá condições de não morrer de fome hoje, mas não dá perspectiva alguma pro futuro. Sem plano de saúde, plano odontológico, plano de carreira, e um salário irrisório etc.
Emprego: lhe dá condições de projetar o futuro, com todos os direitos assegurados por lei.
No Ipu emprego é utopia, mas existe trabalho. Sempre mal remunerado, sem hora extra, domingo no mês, e planos voltados para a saúde são uma piada de muito mal gosto. Daí você pensa, claro, uma cidade pequena do interior do Ceará. Veremos outro caso, o da cidade cartão postal do Brasil, o nosso belo Rio de Janeiro.
Morei quatro anos na cidade maravilhosa, de praias lindas, apartamentos luxuosos e, trabalhos escravos. Boa parte das empresas fluminenses e cariocas não lhe dão nem a metade dos direitos garantidos pelas leis trabalhistas desse país. Veja bem, não estou supondo, estou afirmando. E aqui não vem ao caso mencionar os nomes dessas empresas, pois já estamos carecas de saber. Então, vem uma empresa que nem o Mcdonalds dizer a imprensa brasileira que cumpre toda a legislação trabalhista, uma bela piada, digna de troféu. E os órgãos fiscalizadores, o que fazem? Certamente estão muitos ocupados bebendo um cafezinho com a propina recebida pelas empresas.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

NOITE DE CHUVA

Não sei porque uma noite de chuva me passa uma sensação boa. Talvez porque o compasso dos pingos no telhado são extremamente harmônicos, acho que nem Bethoven faria uma sinfonia melhor.
Lembro que no RJ muitas vezes eu não sabia se chovia ou fazia sol. Eis um grande problema das cidades ditas grandes. A moradia precária, casas achatadas, barracos, quitinetes que mais parecem que regrediram para a idade da pedra, cavernas modernas.
No passado, num dia que eu não estava muito bem, sai para a frente da casa aqui no Ipu mesmo, o meu bairro é alto, dá para ver o centro da cidade, e corria um vento agradável que escorregava pelo meu rosto, então criei a frase "O dia mais belo é aquele que você senta e deixa o vento levar suas tristezas e desilusões".
O que é a vida senão desafio e aprendizagem? As pessoas perguntam "Você é professor?" Talvez eu tenha um pouco de professor, mas certamente na faculdade natural da vida, eu sou aluno.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

terça-feira, 7 de abril de 2015

MAIS UMA CHANCE

Você acorda, e mais um dia nasce na sua vida... Você pensa "Hoje farei diferente, as sequelas do passado não me atormentarão hoje". O dia termina e, antes de dormir você pensa "Mais um dia terminou, fracassei novamente". Você dorme, e no sonho vê alguém clamando, pedindo socorro, ao homem, a Deus, a quem se oferecer a ajudar, o nome não importa". Ai, você acorda, e conclui que ninguém te ajudará, que o sonho foi um aviso. Mais um dia nasceu, mais uma chance você terá, cheio de
feridas do ontem, mas o hoje depende de você. Faça diferente!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

LA PAZ

Embora pareça, não vou falar da capital da Bolívia, famosa no mundo futebolístico pela sua altitude.
Falarei da paz que foi sonhada por muitos, e que nunca houve em toda a história da humanidade. Nunca haverá paz num mundo capitalista, porque na essência do capitalismo ele gera desigualdades e, enquanto existir um oprimido e faminto, existirá guerra.
No caso do socialismo a paz também se torna impossível devido a uma única pessoa acumular muitos poderes em mãos. O socialismo científico de Karl Marx é realmente belo, entretanto como foi mencionado anteriormente, o socialismo acarreta e acumula muito poder na mão de um soberano que devia chegar ao poder para promover a igualdade entre todos.
No que tange o anarquismo há muita especulação e pouca ciência no que diz respeito a um mundo anarquista, certamente por isso até hoje o anarquismo não foi protagonista.
Então, em todos os sistemas a paz é impossível.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

RENASCENDO DAS CINZAS

Feriu minhas cicatrizes,
Carbonizou dias românticos e felizes,
Que nem Clarice Lispector após o acidente,
Na solidão depressiva e deprimente.
Muitos possuem o que não precisam ter,
Outros não possuem nem o básico para viver.
Entre sorrisos aqui,
Lágrimas ali,
Prosseguimos exaustivamente,
Buscando um objetivo para um passo à frente.
Talvez sem pernas nem braços,
Um Stephen Hawking esmagando o fracasso.
Ou talvez aquele cego ou aleijado,
Implorando migalhas e trocados,
Quem sabe uma comigo-ninguém-pode,
Após cortada renascendo mais forte.
A vida é bela, o ser humano não
Mesmo na fogueira social da Santa Inquisição,
Só restam as cinzas para renascer,
Mais uma fênix que pode ser eu ou você.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

FILOSOFIA DA VACA

Eu sou adepto da filosofia da vaca, conhecem? Cagar e andar.
Não, não estou sendo rude ou nojento. A vaca caga e anda despreocupadamente, no meu caso o termo "cagar e andar" levo pro sentido de fazer algo que eu goste ou queira, sem me preocupar com opinião de terceiros. Vou lhes dar um exemplo:
Chovia naquela hora, na verdade uma garoa e, eu estava plantando uma árvore aqui em frente em casa, em seguida um cidadão veio e disse "O que você está fazendo?" Respondi "Plantando uma árvore" ele retrucou "Você está ficando louco" eu filosoficamente conclui "Sim, dizem que eu sou louco, e de tanto dizerem já estou me convencendo". Isso é a filosofia da vaca! Sutilmente, sem stress, nem guerra.
O que aconteceu foi que o cidadão simplesmente calou-se. Então vos digo, nunca deixem de fazer algo que queiram ou gostem por causa de opinião de terceiros.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

BRASIL LUNÁTICO

Enquanto isso na nação dos lunáticos...
O rei do futebol pede para a população não se manifestar.
"O cascão que troxe o penta" diz que Copa não se faz com hospital.
Aliás, o futebol é um ufanismo do pão e circo moderno.
Os heróis da nação estão no BBB (BIG BOSTA BRASIL).
O político corrupto vai ao congresso chamar seus aliados corruptos de acharcadores, e sai para a sua casa como homem íntegro e militante, descansar sua consciência limpa no seu belo travesseiro.
Pagamos impostos para ver os governantes viajarem de jatinhos às nossas custas.
A Valeska é uma pensadora contemporânea e popozuda, e o Wesley é safadão.
O funk é movimento cultural, o forró também.
O livro custa caro e a bebida alcoólica é baratinha, às vezes até de graça.
Amamos os gringos e odiamos os nossos compatriotas.
A mulher é "Brasileirinha" e o homem é Frota, Batista, Marinho etc.
Por essas e outras, e com raríssimas exceções, somos uma nação de lunáticos.
Alberto Ativista, escritor e poeta.