quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

MULHER GATO

Eu conheci a fantástica mulher gato Hollywoodiana. Famosíssima, esperta como ela só. A fantástica mulher gato era prefeita de uma cidade do interior do Brasil.
Famosa, onde passava era o centro das atenções. De carro luxuoso, bem vestida, bem maquiada, bem nutrida. Resolvi então conhecê-la de perto, mas antes, fui dá um rolê pela cidade, e logo percebi muito lixo jogado nas ruas, fui então conversar com os garis, eles me disseram que o salário estava atrasado à meses, por isso estavam em greve. Fui no hospital local vê como estava a saúde, chegando lá percebi doentes no chão, defuntos nos corredores, enfermeiros e médicos desestimulados, pois também estavam com o salário atrasado.
Saindo do hospital dei logo de frente com vários meninos de rua, drogados, sendo espancados pela polícia. Mais a frente, luzes de postes queimadas, ouvi gritos de assaltos, fiquei puto e fui no presídio tentar entender o porquê de tantos ladrões... Chegando, tudo ficou muito óbvio. Presidiários largados e esquecidos como ratos, quase todos semi ou completamente analfabetos, conclui que a educação também estava mal. Vi muitos outros problemas naquela cidade, por fim, não fui visitar a mulher gato, ela deixou de ser minha heroína, e nunca mais assisti o Batman desde então.
Existem muitas outras mulheres e homens gatos espalhados pelo Brasil, sutilmente roubando, metendo as garras no nosso dinheiro. A corrupção destrói toda a beleza da vida, mas quem irá prender esses gatunos, se a própria justiça é o ninho deles.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

ART-VISMO

Eu faço da minha arte um art-vismo, ou seja, através da literatura levo um novo conceito comportamental, e desse conceito uma discussão, e dessa discussão, conscientização, e dessa conscientização, mudança.
O mundo não está totalmente perdido, o que está totalmente perdido é a velha mentalidade do uso abusivo dos recursos naturais, do uso abusivo dos animais e seres humanos. Esse ato sim, há de cair por terra, por bem ou por mal, pelo amor, ou pela dor.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

TÁ FALTANDO O QUÊ?

Mc Léo
Tá faltando paz, tá faltando amor,
Tá faltando compaixão no coração do sofredor,
O mundo virou ou nós que tá se matando ?
Se a paz for um sonho vou continuar sonhando.

Alberto Ativista
Tá faltando leitor, porque livro tem de sobra,
Tá faltando roupa porque a bunda tá na moda.
Tá faltando respeito, solidariedade,
Porque no jogo capitalista o ódio leva vantagem.
Há mais habitações vazias que sem terras,
Porque trocamos a caneta pela novela.
A comida desperdiçada alimentaria todos os famintos,
Os versos desperdiçados alimentaria todos os espíritos,
Carentes de cultura, educação,
Recheados de preconceito e alienação.
Então, tá faltando isso e muito mais,
Porque A PAZ, aqui jaz.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

BALADA INSANA

Aconteceu em 2.006, jovem de 18 anos. Café da manhã, pé na rua para curtição. Manhã, tarde e noite, vodka, whisky e cerveja. Era dia de baile funk, sexta-feira.
Balada insana, o dia todo bebendo, sou jovem, tenho que aproveitar. De longe observei aquela bela mulata rebolando até o chão, uma gata, um tesão. Ofereci um drink, prontamente aceitou. Mal nos falamos e o pega pega começou. Beijo de língua, chupões. A música incitava, a bebida incitava. Dançamos sensualmente, alucinadamente. Fim de baile, destino motel. Uma noite inteira de transa regada a mais bebidas.
Na manhã seguinte quando acordei, estava só, tanto faz, era só uma noite de prazer, fim de semana que vem eu pego outra! Transo, engravido, tô nem aí, é assim que o diabo gosta.
Hoje é 2.016, e ainda não esqueci aquela garota, sabe por quê? A dois dias descobri que sou aidético. E o que ela tem a ver com isso? Lembro perfeitamente que naquela noite no motel, ela pediu para transarmos sem camisinha, inicialmente até hesitei, mas insinuantemente ela me convenceu.
Foi a primeira e a única vez que transei sem camisinha.
Alberto Ativista, escritor e poeta.