terça-feira, 26 de janeiro de 2016

NOVO DIA

Eis que um novo dia surge, chuvoso, ensolarado, nublado, não importa, porque os problemas são os mesmos.
No entanto, seu sorriso independe de todos esses fatos. Cada cicatriz que não te matou, te deu mais vigor, mais fôlego. Dinheiro move o mundo, mas sua força interior move você.
Não é fácil viver e sobreviver no mundo onde amor, saúde e felicidade traduz-se na cédula, cheque, ou cartão que você porta. Se o bem material define sua classe social, o bem psicológico define sua classe moral.
Sorria quando puder, ame quando puder, abrace e beije quando puder, e quando nada disso for possível, respire fundo, e diga FODA-SE! Amanhã é outro dia, fui forte hoje, nada me impedirá de ser amanhã também.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

RUA PADRE PEDRADA Parte 2

Enquanto isso na Rua Padre Pedrada...
As pedras continuam caindo como chuva de meteoros, e o pior são as acusações infundadas, os clamores de linchamentos. E as autoridades? Bem, aqui é Brasil, sabemos como funciona, primeiro faz-se a carnificina, depois chegam as autoridades. Corre-se o risco de um banho de sangue. É a nossa guerra civil não declarada, um novo faroeste.
Vamos matar, linchar, apedrejar as casas, vê o sangue banhar as ruas da Padre Macário, ou melhor, da Padre Pedrada. Do lado, sem tanto brilho e glamour está a igreja redonda sendo testemunha do grau de loucura ao seu redor, a lá idade média. Ao ver tantas ameaças, e acusações sem prova alguma, me lembrei como surgem os grandes megalomaníacos da humanidade. Primeiro mata-se um inocente, e o sangue inocente é bom, é viciante, então surgem os megalomaníacos, e os Estados Islâmicos da vida.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

RUA PADRE PEDRADA

O nome da rua é Padre Macário, mas bem que poderia ser Rua Padre Pedrada. Toda noite há uma chuva de pedras nas casas, equivalente a tiroteios que duram horas nas grandes guerras que conhecemos.
É incrível até onde chega a baixaria e desvirtude humana, o "cara", pois não sabemos se é homem ou mulher, ou se é mais de uma pessoa, passa horas a fio de noite, jogando pedra nas casas de pessoas trabalhadoras, a audácia é tão grande que até durante o dia está chovendo pedras. Pessoas com crianças em casa, uma mulher grávida, e a casa do Diassis (a mais atingida), já nem sei se ainda tem telhado... O que essa pessoa ganha com isso? Se diverte vendo a patrulha de moradores de madrugada, perdendo sono, crianças assustadas, pânico e revolta que se mesclam com as telhas quebradas.
Todos estão tão indignados, que um linchamento caso peguem o canalha, parece ser inevitável. O problema são as falsas acusações, eu mesmo fui vítima de uma, imagina só, logo eu, um ativista, alguém que sempre lutou pelo direito dos desassistidos, não sei quem é pior, quem joga as pedras ou quem acusa falsamente. Realmente o verso não mente quando diz "O homem é a única espécie do universo que provoca dor no semelhante para massagear o ego".
Bem, essa é minha rua, a Padre Macário de Ipu, onde não chove água, chove pedras.
Alberto Ativista, escritor e poeta.