segunda-feira, 30 de maio de 2016

O CAMINHO DOS FRUTOS

O caminhar é difícil, cansativo, cai suor, cai caloria. No decorrer do caminho pisamos em espinhos, somos picados por cobras, arranhados por galhos espinhosos, sangramos, choramos, berramos, pensamos em desistir... Até o dia que vemos uma bela árvore num sol escaldante, descansamos na sombra, e quando acordamos, há vários frutos para colher.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

domingo, 29 de maio de 2016

OS VERSOS CHORARAM ATÉ ONTEM

Diz que homem não pode chorar,
Tem que ser firme, forte, e enfrentar,
Tudo com clareza, garra e percepção,
Mas homem também tem coração,
Ao relembrar do passado,
Dos erros, solitário, isolado.
De quem partiu e não pôde se despedir,
Pai, mãe, avô, avó, tristeza, enfim...
Tantos outros que partiram,
Não abrilhantaram o dia com sorrisos.
Posso parecer uma muralha,
Mas, a muralha também se abala,
Grita, espernea, dá soco na parede,
Sai pra rua e num dia toma um porre pra meses.
No Brasil do abandono em massa,
De crianças dormindo nas praças,
De velhos largados,
Sujos, mijados,
Professores que apanham da polícia,
Famílias em guerra que dura uma vida.
Eu sou apenas mais um que não se calou,
Que nasceu em meio a lama e por ela rolou.
Cara de bicho, largado, desolado,
Até que um certo dia de fato,
Todo fedido encontrou uma flor,
Achou dá hora o seu cheiro e se apaixonou.
Andou com a tal flor horas, dias, meses,
Sem olhar nada, pois nada tinha interesse,
Só aquela flor cheirosa que ele achou na lama,
Quando enfim se deu conta da andança,
Estava um sol de lascar,
Um oásis também estava lá,
Então banhou-se naquela água refrescante,
Ao terminar o banho estava adiante,
Um novo mundo, um novo homem,
Os versos choraram até ontem,
Hoje sou apenas eu e aquela flor,
Que chamo de poesia e amor.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sábado, 28 de maio de 2016

O ESTUPRO É MAIS QUE O ESTUPRO

O estupro existe e sempre existiu, não só de mulheres, lógico que na esmagadora maioria das vezes é de mulheres, mas também, existe o estupro de homens e animais.
O problema é que as pessoas só "acordam para o problema" quando cai na mídia, é sempre assim, MÍDIA.
Neste exato momento tem algo ou alguém sendo estuprado(a), amanhã e daqui a mil anos também terá. Portanto, se você é realmente contra o estupro, ou qualquer outro tipo de violência, aprenda que não adianta tocar na tecla uma, duas ou três vezes, a luta é constante.
Seja contra o estupro e qualquer injustiça, lute hoje, agora e sempre. Lute contra a pornografia, contra a imagem da mulher como objeto sexual, lute contra os programas de TV que só usam dançarinas torneadas, bundudas e semi nuas, lute contra a ditadura da mulher perfeita, contra o comercial da Itaipava e a mulher "gostosa verão", lute contra tudo isso, e muito mais, só assim você será realmente contra estupro.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

terça-feira, 17 de maio de 2016

MUNDO CAPITALISTA

Enquanto isso no mundo capitalista:
Sinceridade só atrai maus olhares, honestidade te faz inimigo. Zombar é cultura. Vê um corpo esticado no chão? Não é da família? Lamento, passo por cima. É da família? Enterra e cada qual segue o seu caminho normalmente. Dos 365 dias do ano, só no 02 de novembro merece ser lembrado.
O mundo jaz do maligno, é indiscutível. Mas, assim como uma flor que nasce na lama, ou entre pedregulhos, assim persistem aqueles que não foram infectados pelo micróbio imundo da ação egoísta e exterminadora do ser humano.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ELA

Ela é durona, mas sei que também é meiga. Ela é do nordeste, por isso é tão forte. Ela tem longos cachos, que quando bate o vento cada cacho dança. Ela, ela, não sei bem quem ela é, mas sei que ela é bela, tal qual os lírios que senti suavidade ao passar as mãos. Ela, ela... é como um colchão da melhor qualidade, ao encostar temos prazer e descansamos em paz.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sábado, 14 de maio de 2016

QUANDO A TAÇA TRANSBORDA

Quando a taça transbordar e o vinho cair no chão, então será tarde de mais. Portanto, diga eu te amo hoje, agora, não amanhã, nem daqui a duas horas, nem daqui a 2 segundos.
O amanhã pode não chegar, e se não chegar, a saudade chega, e o arrependimento também.
Quando as flores murcharem, e a taça transbordar, seus olhos vermelhos decretarão o final.
Mas, que esse final seja de paz e missão cumprida, não de dor e arrependimento.
Alberto Ativista, escritor e poeta.