terça-feira, 2 de dezembro de 2014

PSICOPATA ESCREVENDO

Eu vi um psicopata escrevendo...
Sua face era de ódio, ele apertava a
caneta como que a querendo esmagar.
Vi muitos rabiscos, pensamentos
confusos. Ele chorava um rancor, uma melancolia que se ouvia a quilômetros.
Eu vi um psicopata escrevendo...
E nunca mais esqueci aquela cena, poisem cada letra vi ódio indignação, crimes feitos poeticamente, assaltosde atenção do leitor.
Eu vi umpsicopata escrevendo...
No seu ódio vi amor, na sua indignação vi esperança, nas suas lágrimas vianseio de mudança.
Eu vi um psicopata escrevendo...
Ele virou um terrorista intelectual, não falava de uma paz ilusória, e sim deuma paz científica. Ele sabia os caminhos para alcançá-la, e tinha umgrande objetivo, derrotar o inimigo governamental. Pois acreditava fielmente que só se muda um país através dos meios políticos, e que seus manuscritos eram uma fonte rejuvenescedora para os seus leitores.
Evitava palavrões, mas ás vezes os
usava com tanto ódio, que o seu
interlocutor tremia e ficava imóvel
diante de sua audácia. Candidatou-se inúmeras vezes a cargos políticos, mas nunca foi eleito. Porque era honesto, e tinha um desejo de mudança social, sendo assim seus inimigos o boicotavam, implantavam mentiras a seu respeito, iludiam o povo.
Pensou em se matar incontáveis vezes, mas não teve coragem, pois achava covardia um suicídio, já que obteve o dom do raciocínio, o poder da escrita, seria uma covardia abandonar o front de
batalha, e deixar o povo desamparado e entregue aos corruptos e escarnecedores. Acreditava que lhe foi dada uma missão, uma missão divina de libertar os oprimidos da opressão.
Eu vi um psicopata escrevendo...
E que isto sirva em sua memória, pois ele morreu! Triste, desolado, louco, mas deixou seu legado, e esse legado não há borracha que apague!
Eu vi um psicopata escrevendo...
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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