Olho para os montes não vejo resquícios de esperança,
Olho para o horizonte não vejo abundância.
Só tu sabes Deus quantas vezes briguei contigo,
Quantas vezes em oração expeli verbos subversivos.
Às vezes não te entendo, te questiono de mais,
Por que criastes um mundo onde o ódio vence a paz?
É tudo tão confuso, inquieto, atrevido,
Ouço risadas e sussurros do inimigo.
Se a fé move montanhas eu quero acreditar,
Que por trás dos montes tu estás lá.
Com a palavra certa pra hora certa,
Com a verdade que sangra, mas liberta.
Se teu filho veio ao mundo por cada um de nós,
Espero arduamente o ajoelhar do algoz.
Se às vezes brigo contigo é porque te vejo como amigo,
Se explodo em ira e rancor, aflito,
É porque acredito na promessa da derrota do inimigo.
Por trás dos montes quero te encontrar muito além,
Com o riso da vitória de quem lutou pelo bem, AMÉM!
Alberto Ativista, escritor e poeta.
