terça-feira, 17 de outubro de 2017

LINDA MULHER DO NORDESTE DO BRASIL

Texto em coautoria com minha prima Juliane Aragão.

Linda mulher do nordeste do Brasil,
Olhos castanhos que tanto me seduziu.
Cabelos vermelhos reluzentes como labareda,
O teu sorriso é a certeza.
O soar da tua voz é como um cântico,
Suave e romântico.
És nordestina, és latina,
És magnífica,
És o universo que me instiga.
És brasileira,
Com perfil de feiticeira.
Mulher nova, bonita e carinhosa,
Toda prosa,
Faz o homem gemer sem sentir dor,
Por ti todo o meu calor, fervor e amor.
Tu és a poesia que me guia,
És refúgio em meio a selva fria.

É a fera lutando para ganhar,
Uma mulher que o homem tem a sonhar.
A escultura mais linda de se ver,
A pele morena que deixa enlouquecer.
És um sonho que ninguém imaginou,
Linda e perfeita de uma noite de amor.
Uma mulher de beijo marcante,
Maranhense do sonho constante.
Encanta com seu jeito de dançar,
É perfeita, pois tem brilho no olhar.
Tem carisma onde passa, seu swing é conquistador,
Ela é toda feita de amor.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

ÚLTIMO PERDÃO

Texto em coautoria com Samara de Oliveira.

Alberto Ativista:

Humildemente eis me aqui

Te pedindo pra me ouvir

Ao menos um momento

Me perdoa por tanto sofrimento

Pelas vezes que protagonizei

Lágrimas de você, meu bem

Me perdoe se não fui nobre o bastante

Pra te amar como antes

Aquelas noites de puro prazer

A luz do luar, eu e você

Dois jovens desfrutando momentos

Que não se foram com o tempo

Estão vivos no coração

Por isso te peço perdão

Por não enxergar seu valor feminino

Por ter sido tolo e iludido

Fui buscar em outras camas

A felicidade de quem ama

Porém você me aceitou

Inúmeras vezes e perdoou

Eu com minha postura de bandido

Nunca fui homem o bastante contigo

Nos corpos que busquei prazer alienado

Estava cego e desencaminhado

Só nos teus braços é que realmente sou

Contemplado pelo amor

Teus lindos cabelos ruivos

Tua pele de veludo

Minha flor do norte peço a você

Mil desculpas, pode crê

Nesse momento de pura emoção

Eu te peço meu último perdão.

Samara de Oliveira:

Perdão?

Não sei se posso.

Meu coração está em destroços

Minh’alma de tanto chorar, secou

No escuro a vagar, estou.

Como posso confiar no teu dizer

Se antes eu tinha você

E de repente, por entre meus braços,

Voou.

Quero muito acreditar na tua aflição

E perceber que o teu coração

Ao se afastar de mim, sangrou

Que a saudade te dominou o peito

E que por pouco, não o matou.

Mas tu sabes o quanto fraquejo

De tudo o que sinto quando te vejo

Das doces lembranças...

Dos beijos de amor

Agora, aqui, a ti eu me entrego

E nos teus braços me faço um credo

Uma oração... um pecado... ardor.

Me ofereço-te de corpo e alma

Te dou do oceano a calma...

A calmaria do amor.

E para que não restem dúvidas

Nesse momento de pura emoção

Devolvendo-te meu coração, estou

E o perdão que outrora me pediste

Se de veras for o último, te dou.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

REENCONTRAR-SE

Muitas vezes para reencontrarmos o nosso caminho, ou encontrarmos um novo um novo caminho, tudo que precisamos fazer é se afastar um pouco, falar consigo mesmo. O resto acontece naturalmente.
Como já falou o poeta Thiago de Mello "Eu não tenho um novo caminho, o que eu tenho de novo é o jeito de caminhar".
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sábado, 26 de agosto de 2017

O HOMEM DE BERMUDA E CHINELO

Sávio abriu os olhos e não reconheceu o teto. Levantou-se admirado e preocupado ao mesmo tempo. Tudo estava diferente, a mobília, a cor do quarto que antes era verde fosco, agora é de um branco impecável. Ainda sem entender nada ele sai para ver a rua.
A rua bem limpa, crianças indo para a escola, outras brincando ciranda ou pulando corda. Um senhor passa com um jumento e o cumprimenta com um bom dia, logo em seguida uma senhora que vem na mão contrária passa com um Corola, sede passagem ao homem com o jumento e também cumprimenta Sávio. "Eu não entendo", pensa Sávio... Essa é minha rua, mas está tão diferente, tão, tão... Magnífica! Não há homens e mulheres bêbados nos bares, não há pessoas xingando no trânsito, aliás no trânsito não havia divisão entre faixa para ciclistas, pedrestes, carros ou jumentos, todos trafegavam tranquilamente na mesma faixa.
O clima já não estava tão seco, tão quente, estava um belezura, agradabilíssimo. Onde antes tinha um paredão de som, agora tinha uma orquestra de pássaros. "Isso tudo é tão irreal, será que eu morri e estou no céu? Vou já voltar pra casa e ligar a TV". Ao ligar a TV Sávio não viu notícias de assasinatos, nem políticos colocando dinheiro na cueca, ou na meia. A única coisa que Sávio viu na TV foi a notícia que dizia o seguinte "Atenção todos os expectadores, saiam de suas casas agora, venham ver o belo sol que nos prestigia está manhã". Sávio sai para fora e vê um cara sorridente vestindo bermuda e de chinelo no pé. Ele se aproxima de Sávio, o cumprimenta, e pergunta para Sávio "Que cara de susto é essa?" Sávio responde "O mundo que eu conheço não é este. Eu estou morto?" O homem de bermuda respondi "Você não está morto, está tendo apenas uma visão de como o mundo poderia ser se o ser humano não fosse tão cruel e egoísta". Em seguida este homem toca com a ponta do dedo no peito de Sávio que logo sente uma dor forte e desfalece.
Quando Sávio acorda está sendo socorrido para o hospital, tomando choques do desfibrilador. Ele pergunta "O que houve?" O socorrista diz "Você sofreu um sério acidente de moto. Um carro veio e o atropelou, e sem mais, nem menos esse carrou sumiu".
Então Sávio começou a pensar que quem dirigia o carro era o homem de bermuda e chinelo, e que aquilo era uma visão para que Sávio pudesse espalhar para o mundo uma mensagem de construção de uma sociedade menos sanguinária e mais receptiva e amorosa.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

ESSE NEGÓCIO DE AMOR

Esse negócio de amor é complicado mesmo...
Amor entre casal vira obsessão, amor de mais pelo dinheiro vira ganância, amor de mais por bens materias vira loucura. Mas que nada, amor não é isso não, isso é inventado pelo ser humano que modifica tudo.
Amor mesmo é de mãe, morre pelos filhos. Amor de verdade não tortura, não prende, não esmaga.
Mas, como a gente vive na sociedade da controvérsia, amor virou ódio, e ódio virou amor.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

IPU, CEARÁ, BRAZIL

Ipu coração tabajara,
Serra da Ibiapaba,
Beleza rara.
Ipu coração valente,
De quem luta diariamente.
Agricultores, pedreiros, garis,
Símbolo de dignidade daqui.
Ipu coração dolorido,
Da violência que tem sofrido.
Ipu terra de Iracema,
Da Bica, beleza plena.
Véu de noiva ao sol e ao luar,
Aqui é nordeste, aqui é Ceará.
Ipu cancioneiro, poético, apaixonado,
Mil juras de poesia te declaro.
Ipu da corrupção, alienação extremista,
Ipu da emoção que descrevo nas rimas,
Ou Alberto, ou Ativista, ou Aragão,
Faço da poesia munição do meu canhão.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A VIOLÊNCIA VESTE VERMELHO

Texto de minha autoria falando sobre a violência e suas causas, publicado no blog Expresso Ipu:

(Ipu-CE) "Poeta ipuense faz reflexão sobre a violência que assombra Ipu"

"A VIOLÊNCIA VESTE VERMELHO"

A violência veste vermelho, o vermelho do sangue grosso escorrendo, o vermelho dos olhos que choram, o vermelho que mancha nossa massacrada sociedade.

Nelson Mandela nos disse que "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo", e ele tem toda razão. 

Nós estamos acostumado a enxergar só a violência que sangra, a que está explícita na nossa cara. Mas, existem muitos tipos de violência, e uma das mais estarrecedoras é o inacesso a educação.

Não conheço ninguém que tenha entrado no crime por amor, se o cara que chefia o morro com um fuzil, pudesse chefiar uma faculdade com uma caneta, qual das duas opções você acha que ele escolheria? A deseducação de um povo é uma mortal ferramenta para gerar violência. 

Mas, ai esbarramos em outro detalhe, a educação de um povo é uma mortal ferramenta para produzir paz, consequentemente justiça, ou seja, para os nossos governantes investir em educação seria uma faca de apenas um gume que estaria diariamente apontada para as suas cabeças. 

Sem falar que para os admistradores desse país é mais lucrativo investir em festas e estradas que geram votos rapidamente, do que investir em educação e cultura que posteriormente o povo poderia usar contra os próprios governantes.

As medidas sócioeducativas não funcionam, o militarismo não funciona, prova incontestável disso é que o menor quase sempre volta a ser reincidente, e a polícia brasileira é a que mais mata e a que mais morre no mundo. Não há paz sem justiça, e não há justiça sem educação.

Alberto Ativista, escritor e poeta

Link do texto: http://expressoipu.blogspot.com.br/2017/08/ipu-ce-poeta-ipuense-faz-reflexao-sobre.html?m=1

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

QUAL SUA ARMA?

Cada qual usa sua arma mais eficaz,
O Gandhi a paz,
O professor a educação,
O aluno a determinação,
O radialista a locução,
O cantor a canção,
O agricultor a enxada,
O caminhante a jornada,
O poeta a caneta,
A modelo a beleza,
Cristo a salvação,
E o político a corrupção.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

O RETRATO

Nós meros cidadãos comuns somos o retrato dos monstros que governam nosso sofrido e cicatrizado Brasil.
A pouco eu aqui sentado numa pracinha observei uma senhora idosa que caminhava lentamente, em seguida percebi que ela estava com um copo descartável na mão. Ela pegou o copo descartável que convenhamos não pesa nada, e enfiou na grade da casa de uma outra pessoa, e continuou caminhando tranquilamente.
Pequenos atos que nem esse nos mostram o quanto somos retratos dos grandes atos. Os políticos roubam, a mídia manipula, o empresariado humilha, os direitos civis são diariamente rasgados e jogados na nossa cara etc, etc, etc.
Etão por que deveríamos ser éticos, tal qual essa senhora que resolveu colocar o copo descartável na casa de outra pessoa para que essa outra pessoa jogue o copo descartável na casa de outra pessoa, e assim segue o ciclo.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

FRASES PARTE II

O ser humano é incrível, reclama do que não tem que reclamar, elogia o que tem reclamar. Cultua bandidos, mata heróis. Pede para outra pessoa fazer o que ele mesmo pode fazer, e no fim do dia senta sua bela bunda no sofá com a sensação de dever cumprido.

Alberto Ativista, escritor e poeta.

O lamentar não muda nada, temos que juntar o que resta de nós mesmo, e renascer dos cacos.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

O tempo é sábio, o que ele não destrói, ele constrói, e vice-versa.
Devemos dar tempo ao tempo para que o tempo nos dê tempo de conquistar o nosso tempo.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Quem não está disposto a aprender, não está apto a ensinar.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

São nas coisas mais simples que encontramos as coisas mais valiosas.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

A maior vitória consiste em aprender com as derrotas.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Antes de namorar alguém, namore a si mesmo, assim você nunca será infeliz no relacionamento.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

O que passou, passou... Se choramos, se nos cortamos é sinal que superamos.
Tudo passa, tudo há de passar...
Quantos espinhos não nos perfuraram?
Quantos cacos de sonhos não nos cortaram?
Mas, estamos aqui e de pé, firmes e fortes.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Nunca sofra por quem não sofre por você.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

O hoje nunca será que nem o ontem, nem será que nem o amanhã.
Tudo na vida é transformação, mutabilidade.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Ame-se, cuide-se, e o principal, nunca se sinta inferior a ninguém. Todos viemos do mesmo lugar (útero) e todos vamos para o mesmo lugar (cemitério).
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Recentemente alguém me falou:
-Alberto que crise feia não é?
Eu respondi:
Eu sempre estive em crise, meu mundo é feito de crises, e eu sou feito de superação.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

A vida às vezes é rosas, às vezes é bosta. O que nos resta é que quando ela for bosta pegarmos essa bosta e adubarmos nosso campo de atuação para que floresçam as rosas e tudo volte a ser colorido.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Toda vez que eu escrevo escorre um sangue vermelho que ao conectar-se com a caneta sai azul para as linhas do caderno, justamente para que eu não esqueça que toda vez que eu escrever além de resposabilidade tenho que dar o sangue.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

Você foi o erro mais acertado que eu errei!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

A única expectativa que levanto hoje em dia é em mim mesmo, na minha autossuperação, na minha capacidade de reverter quadros negativos, pois aprendi que levantar expectativas em terceiros é como beber mel com veneno.

Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

POR TRÁS DO MAR DE LÁGRIMAS

Só Deus sabe quantos versos sairam pós lágrimas,
O camimho com espinhos, uma dura jornada.
Era Finados, última vez que visitei você,
Seu túmulo, velas acesas, quase ao escurecer.
Mãe você se foi precocemente,
Vida que segue, cruzes pela frente.
Sei lá quantos mortos eu já rimei,
Quantos olhos vermelhos eu já olhei.
Paz aos que  se foram, justiça aos que ficam,
Entre dores e choros, continuamos vivos.
Por trás do temporal de lágrimas meu caro,
Existem ensinamentos raros.
Amar é sofrer, viver é sofrer,
O sofrer só nos faz mais fortes pra vencer.
Somos escultores esculpindo nossas vidas,
Que a obra de arte seja a mais bela e a mais linda.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

INFELIZ FELICIDADE

O fim do relacionamento costuma ser muito estúpido.
Um quer provar ao outro que está feliz, sendo que não prova a si mesmo felicidade nenhuma.
A felicidade de alguém não depende da infelicidade do outro, quando depende não é felicidade, é estupidez.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

ELEIÇÕES DA VIDA

Os erros são extremamente importantes, qualquer acerto só surge depois de um ou mais erros.
As grandes invenções da humanidade surgiram após numerosos erros.
Não estou fazendo apologia ao erro, errar é humano, persistir no erro é burrice.
Quero apenas afirmar que você não deve cair em ruínas após um erro.
Use o erro assim como o político usa o eleitor, manipule-o que você vencerá nas eleições da vida.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

UM BOM DIA

Um verdadeiro BOM DIA começa muito mais do que com um desejo de um bom dia. UM BOM DIA começa com garra e determinação, já que tudo contribui para o seu fim, a escola deseduca, o hospital mata, a segurança perdeu para a insegurança...
O jogo é duro desde o seu nascimento, você já nasceu com o placar adverso, seja pela sua cor, pelo seu cabelo, pelo seu nariz, pela sua classe social.
Tudo contrbui para que você morra, só lhe resta aceitar a morte, ou começar seu BOM DIA com muita força, pois se o placar marca uma partida negativa, você já não tem nada a perder, a não ser perder novamente. Mude, recicle-se, revolucione-se.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

FLORICULTURAL

Nem toda flor brota na primavera, algumas flores brotam na cultura.
Cultura do ensinar a amar, a respeitar e a cuidar.
As flores são como a cultura, se existem humanos luminosos é porque são flores que brotaram na primavera da cultura do amor, por outro lado se existem humanos cruéis e espinhosos que são com os abrolhos que nos perfuram e nos fazem sangrar, é porque brotaram na primavera da cultura do ódio.
Portanto, regue seu jardim com a cultura da reciprocidade e do bem querer, para que as flores ao invés de exalarem ódio, exalem amor.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

JURAS DE AMOR

Meu amor por ti é como a chuva no telhado,
O som dos pingos é o compasso,
As batidas do meu e do seu coração,
É o pancadão, hit mais tocado do verão,
Que faz dois seres se tornarem um só,
Duas vidas amarradas como um nó.
Te presenteio com flores perfumadas,
Café na cama, te chamo de amada.
Teu sorriso ao tocar meu rosto,
Teu beijo que me tira o fôlego.
A noite juras de amor em meio ao prazer,
Pela manhã o beijo sincero do amanhecer.
O infinito tornou-se pequeno diante de nós,
Descalços na praia em meio os caracóis,
Desenho na areia dois corações entrelaçados,
Dois nomes enrolados.
O sol cai por sobre o mar,
As estrelas vem abençoar,
A natureza é testemunha do ardor,
Dos meus versos que são juras de amor.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

EU CONFESSO, EU ERREI

Se o tempo voltasse eu não faria tudo diferente, eu faria tudo igual. Até mesmo os erros eu manteria intactos, afinal foi errando que eu me transformei em alguém que me orgulho.
Talvez se eu não tivesse cometido os erros do passado, eu não cometeria os acertos de hoje. Se eu errei no passado é porque não estava preparado para acertar, é porque não tinha bagagem o bastante para perceber que era um erro.
O passado muda o presente, quem sabe se eu não tivesse errado, hoje eu não seria um poeta, poderia ser um babaca qualquer cheio de tolices e preconceitos.
Não estou justificando meus erros, estou afirmando que sem eles eu não seria quem eu sou, pois o sábio não aprende com os acertos, o acerto já é pleno, não há o que aprender com ele. Persistir no erro também é burrice, portanto, antes de você cair em prantos por algum erro que cometeu, lembre-se que todos erram, porque errar é comum, e poucos acertam através dos erros, porque acertar após um erro, é tão anormal quanto um sorriso depois de uma lágrima.
Eu não sei se depois da tempestade vem a bonança, mas se vier outra tempestade, dane-se! Os erros são como a água e a rocha, se chocam e desenham algo novo. Então que venham as tempestades, pois no mar de lágrimas que eu derramei, eu também aprendi a nadar.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

PERICULOSIDADE

Eu não nasci em berço esplêndido burguês da Pátria Mãe Gentil,
Por isso tive que aprender a usar a caneta como quem usa um fuzil.
Porque o conhecimento é a arma mais letal,
Faz um ponto ou uma vírgula virar fator de risco social.
Como Ernesto Guevara sugeriu,
Trabalho, estudo e fuzil.
Meu grau de periculosidade,
Na verdade,
Não está na arma em minhas mãos,
Com certeza,
Está no calibre da minha caneta,
Que assim seja!
Alberto Ativista, escritor e poeta.