segunda-feira, 31 de agosto de 2015

CANETA? FUZIL! (Parte 2)

Eu não nasci em berço esplêndido burguês da pátria mãe gentil,
Por isso tive que aprender a usar a caneta,
Como quem usa um fuzil.
Entre terremotos e maremotos,
Só vejo cemitérios de ossos,
De mortos ainda vivos,
Livres, mas cativos.
Um The Walking Dead da vida real,
Jorra sangue no país do carnaval.
O que você quer?
Carro, dinheiro, mulher?
Bailes, novinhas, sexo e fama?
Loiras, negras, asiáticas na cama?
O país que não faz Copa com hospital né Ronaldo?
Diariamente promove holocaustos,
Mais precisamente,
53 mil anualmente.
Muitos param e se aposentam na luta,
Eu não paro nem que um filho da puta!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

GRAVANDO!

Papel, caneta, luz, câmera, ação!
Está no ar à cinematográfica imaginação.
Sou poeta sem sucesso midiático,
Ao contrário, emblemático,
10 mil volts de inspiração,
Do Brasil ao Uzbequistão,
Do litoral ao sertão,
Do cérebro ao coração!
Ecoa no ar,
O verso à cantar,
Lírico, satírico
Carne e espírito!
Não enceno como ator ou atriz,
Protagonizo como Malcolm X!
Luto, reluto,
Entre espinhos e arbustos!
Os diamantes vêm da lama,
A fênix das chamas!
Morrendo, renascendo,
Fazendo, se refazendo.
Como uma escultura quebrada e refeita,
Ficam às cicatrizes que não ofuscam a beleza,
Marcas das dores então,
Serviu de lição.
As águas lapidam às rochas, entende?
O sofrimento lapida a gente.
O que não mata, fortalece!
O que não empobrece, enobrece!
Não de bens matérias,
De riquezas culturais!
Tipo um tetraplégico pintando,
Tipo Stevie Wonder cantando,
A vida é feita de momentos,
Alegrias e desalentos,
Se não há bem que dure para sempre,
Nenhum mal é permanente!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

domingo, 23 de agosto de 2015

MORRER DE BEBER, OU MORRER POR AMOR?

Em épocas que o coração não anda bem, que o sentimental anda abalado, você busca um novo norte, uma luz no fim do túnel, sai pela cidade a vagar e, uma entre outras opções para um "Alzheimer sentimental e psicológico" é a bebida alcoólica.
Realmente estamos numa era que se afoga todas as mágoas nos bares e churrascos. A namorada não lhe correspondeu? Um ente querido morreu? Perdeu o emprego? A vida anda uma porcaria? Bebida para esquecer! Ela não cura, mas lhe faz esquecer por um instante todas as tragédias da sua vida, só que como a bebida não é mágica, no dia seguinte você acorda pior, e mais uma vez à namorada ou esposa te sacaneia, mais uma vez você relembra os amados que morreram, sai novamente pelas ruas, entretanto, não há um parque temático, não há bons shows com boas músicas, não há teatro, não há grandes palestrantes, mas está lá a maldita bebida, linda e soberana aos olhos do deprimido, elas são de todas as cores, vermelhas, amarelas, verdes, e até transparentes.
Sofro de ressaca, mas não morro de amor, diz uma tal música aí. Outra mais a calhar na minha concepção, diz assim "Todos são que nem eu, reféns do coração". Somos reféns do coração, do sentimento, da saudade, dos amores mal correspondidos etc. Num domingo de sol, nem água de coco, nem praia, só a puta bebida que desce garganta a baixo.
Numa época em que as pessoas não amam e são mal amadas, a bebida é a fiel amante que rasga rins, fígados, ceifando vidas, diria então Sherlock Holmes " elementar meu caro Watson".
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

BON APPÉTIT

Não sou artista hollywoodiano,
Sou o verbo que entoa o canto,
Em prol do manifesto libertário,
O fim do sofrimento nos calvários.
Também quero gozar de viagens pela Ásia e Oceania,
Num amanhecer de sol que irradia o dia,
Suave, romântico, tranquilo,
Sem as cicatrizes do martírio,
Ao infinito e além,
Tipo Buzz Lightyear, amém!
Una senhorita siempre a mi lado,
con muchos besos mojados,
Do latim surgiu o português e o espanhol,
Posteriormente o nosso portunhol.
Eu não falo grego, sim todas as línguas,
Universalmente poesia.
Mas, se não for possível,
A pé eu prossigo,
Debaixo do sol de lascar,
Lábios ressecados, tornozelos a rachar,
Percorri céus e mares para te falar,
Que o sofrimento desgasta, mas há de acabar!
Um hermano me perguntou depois disso,
-Amigo,
Não tens fome?
-Eu como poesia e a caneta é meu microfone.
Ele disse:
-Bon Appétit artista dos versos,
Respondi:
-Obrigado,
Humildemente Alberto.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sábado, 15 de agosto de 2015

REVOLUÇÃO PACÍFICA OU ARMADA?

Indignação e revolta são coisas diferentes.
A luta pacífica sempre é melhor meio, mesmo o opressor nunca sendo pacífico. Entretanto, há relatos que o próprio Gandhi teria dito que se não fosse possível uma revolução pacífica, era melhor um povo pegar em armas do que aceitar uma situação escravocrata.
O JFK que não era um homem de extrema esquerda disse "Aqueles que fazem da revolução pacífica algo impossível, farão que uma revolução violenta seja inevitável". Voltando a frisar que a luta pacífica é o melhor caminho, principalmente a luta por educação, a educação transforma qualquer país.
Fica aí uma reflexão sobre a luta pacífica e/ou luta armada.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

VIDA PRÓ POESIA

Vidas pró dinheiro, fama e poder
Vidas pró futebol, luxúria e TV
Como o sol que irradia o dia,
Minha vida é pró poesia!
Feiticeiros, bruxos, alquimistas
Não descobriram a malícia,
Que uso em cada linha rabiscada,
Do calor da África ao frio da Antártida.
Nem intelectuais cientistas descobriram o X da questão,
Poesia efervescente bem pior que Pompéia arrasada pelo vulcão.
Não se aprende ser poeta,
Se nasce poeta!
É como quem puxa, prende, acende uma erva
Poesia acalma, liberta.
São flores de primavera,
É a bela da fera.
Não é nobreza, é plebe
Não é calmaria, é febre!
Mil graus centígrados de Alberto Ativista,
Pós vida, no céu vou fazer poesia!
Alberto Ativista, escritor e poeta.

HUMANOS LUMINOSOS

Muitos seres humanos não sabem viver sem eletricidade, outros seres humanos já possuem essa eletricidade dentro de si.
São brilhantes e radiosos por natureza, onde passam exalam calor e luz, ofuscando assim aqueles que são escuros por dentro.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

POR QUE O PRETO?

Acho que todos já ouviram falar o ditado "A curiosidade matou o gato", isso reflete a idade média quando os europeus não gostavam de gatos por acharem que eles traziam azar, principalmente o gato preto, então preparavam armadilhas, e a curiosidade dos gatos os levavam até essas armadilhas, e consequentemente sua morte. Até aí percebemos o quanto o preto é discriminado.
E por que a cor do luto é o preto, e a branco é a cor da paz? Se ao longo da história as maiores atrocidades foram cometidas pelos brancos europeus?
E por que Jesus é retratado branco e de olhos azuis, se ele nasceu na palestina, dentro do continente africano?
O maestro Ariano Suassuna brincou com isso, e retratou no livro o Auto da Compadecida numa passagem que Chicó diz que Cristo é preto porque nasceu lá pelos lados da Bahia rs.
Ainda tem aquela piada maldosa que diz que preto só é gente quando está no banheiro, porque alguém bate a porta e ele diz "tem gente".
Então, reflitamos bem o conceito de preto e branco, já que o colorido, o jogo de cores que encontramos na natureza é que a faz bela, não o branco nem o preto, mas todas as cores.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SOU POESIA

Uma vez Rubem Alves, teólogo, pedagogo, poeta e filósofo brasileiro disse "Faz tempo que para pensar sobre Deus,  não leio os teólogos, leio os poetas".

Eu já escrevi sobre nazismo, mas não sou nazista, já escrevi sobre preconceito, mas não sou preconceituoso, já escrevi sobre indígenas, mas até onde sei não sou descendente de índio rs. Já fiz um poema onde mato a minha mulher, mas em todos os relacionamentos que tive nunca matei uma namorada. Já cometi suicídio num texto, mas na vida real não. Isso é o barato do escritor, ele não vive só a vida dele, o mundo dele é amplo, e isso se traduz na sua obra. Às vezes eu mesmo leio um texto, ou ouço uma música e penso "Será que o autor está falando dele mesmo? Ou está sendo irônico, sarcástico?" Então como saber se o autor está falando de si mesmo, ou de terceiros, ou um personagem criado pelo próprio? Bem, só há um jeito, perguntando ao próprio autor. Por isso, se alguém tiver alguma dúvida sobre algum poema, frase e/ou colocação, estarei sempre disposto a resprender e esclarecer.
A poesia não cura dor de dente, não te trás bens matérias, mas quem não lê poesia tem um brilho a menos, e quem ler tem um brilho a mais.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

FIM DA RELAÇÃO

O que se fazer quando se termina um relacionamento de anos? Como recomeçar após ter dedicado anos de sua vida a uma mulher?
É uma pergunta de difícil resposta. Todo recomeço é difícil acho que o primeiro passo é se conscientizar que acabou de verdade, não alimentar falsa esperança.
A vida é um eterno recomeço, recomeçar do zero, recomeçar pela metade, ou recomeçar dos cacos.
O importante é saber que você deu seu melhor, sair de cabeça erguida e consciência limpa, isso já é o primeiro passo do recomeço.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

DIZEM QUE SOU LOUCO

Eu também queria visitar as cataratas do Iguaçu, o Himalaia, a Cordilheira dos Andes, a savana africana, a Austrália, e até Gibraltar, esse pequeno país na península ibérica...
Comer em Veneza, em Napoli, em Buenos Aires só para ter bons ares (rs), ah queria comer também framboesas, eu nunca comi framboesas...
Mas, o meu mundo é outro, é Vietnã, Iraque, Síria, resumidos no imenso país da América do Sul. A luta de classe está aí, enquanto o opressor desfruta de tudo do bom e do melhor, somos obrigados a viver nos sertões, nas favelas, nos casebres alugados. Mas, numa música do Racionais, a voz ecoa dizendo "E de onde vem os diamantes? Da lama!" Indiscutível.
Vemos artistas midiáticos florescerem e morrerem diariamente nas mídias, mas os diamantes que vieram da lama nunca morrem, são como os heróis da mitologia grega, capazes de grandes feitos, só para citar alguns nomes: Chico Mendes, Rodolfo Teófilo, Dragão do Mar, Paulo Freire, Martin Luther King Jr, Malcolm X, Gandhi, e claro, mulheres como Anita Garibaldi, Rosa Luxemburgo, Epertirina, Anastácia, entre tantos outros e outras.
Estamos no mundo do capital, da compra para o bem-estar próprio, mas vos digo, não me presenteiem com carros, motos, ou mansões, me dêem flores, saladas, frutas, livros, ou no máximo um tênis para correr, adoro correr, desafiar o vento na face, desafiar meu limite físico e mental. Agora eu acredito que eu realmente sou um louco.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

MORTE AO PRECONCEITO

Olhando o sangue escorrendo no chão,
Furos nos braços e nas mãos,
Como fui tolo ao acreditar,
Na superioridade ariana, nazista.
Eu espanquei muitos negros, gays e nordestinos,
Só rancor no íntimo,
Um soldado neonazista,
Hitlerista, filosofia maldita.
Pai, mãe, irmãos e tios brancos,
A suástica como um manto,
Que me guiou até aqui,
Mal imaginaria que seria meu próprio fim.
SS, gestapo, eu era igual,
Brutalmente igual.
Até que um dia em viagem pela Europa,
Conheci um grupo com ideologia e uma proposta,
Uns encontros para disseminar o ideário nazista,
Era domingo meio dia,
Estávamos reunidos e cada qual falava de si mesmo,
Origem, ideal e desejos.
Na minha vez ao expor que era do Brasil,
A ideologia caiu,
Olhares de condenação, desumanos,
E a frase "não aceitamos latino americanos".
Fiquei pasmo, mas meus irmãos,
Somos da mesma causa e razão!
Foi inútil, facadas pelas costas,
Irmandade não existe nessa hora,
Que o preconceito é a demanda,
Fui como uma peça num jogo de damas,
Descartável, jogado fora,
Só agora percebi a burrice de outrora.
Segui um ideal cego, surdo, e lunático,
Agora nos meus últimos rastros,
De sangue pelo chão,
Peço a Deus meu último perdão.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

sábado, 1 de agosto de 2015

ENQUANTO HÁ VIDA, HÁ ESPERANÇA

A vida é desafio, correria, suor, frustração, também sorrisos, dias amenos.
Diante de qualquer dificuldade há também uma chance para superação.
Eu não sou pessimista, nem um iludido otimista que acha que tudo dará certo no final, às vezes não dar certo no início, nem no meio, nem no final, entretanto todo fracasso abre uma porta para uma nova tentativa, e assim um êxito iminente.
Como disse magnificamente Stephen Hawking " Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança".
Alberto Ativista, escritor e poeta.