sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

LIMITAÇÕES

Se o limite é o céu meu caro,
O limite de muitos é mais caro.
Em verso e prosa,
Lágrimas que transborda,
O limite de muitos é a cadeira de rodas.
De outros é a visão, audição,
Mas o pior limite é o do coração.
O preconceito estampado no peito,
De quem anda, ouve, enxerga,
Mas carrega na alma o preconceito que despreza.
O olhar de nojo, imbecil, podre,
De quem tem o corpo perfeito e não ouve. A súplica patológica de um aleijado,
Que tem alma forte e o corpo fraco.
A pior limitação é a do coração,
Traduzida pela visão,
De quem tem o corpo perfeito,
E o coração cheio de defeitos.
Alberto Ativista, escritor e poeta.