quinta-feira, 30 de abril de 2015

COMO SE NÃO HOUVESSE O AMANHÃ

Hoje eu vou dizer eu te amo como se não houvesse o amanhã,
Me livrar das estratégias do Satã,
Que diariamente idiotiza nossa nação,
No rádio, outdoor, televisão.
Quero fazer diferente,
Porque não sei como será daqui pra frente.
Dia das mães está chegando e ela não está aqui,
Um dia também eu vou partir,
Não haverá amanhã, só lembranças manuscritas,
Frases sentimentalistas,
Poetizadas na internet ou no caderno,
Do pó ao pó voltará o Alberto.
Custou sangue e lágrimas minha
aprendizagem,
Todo dia eu vivo um resgate,
Eu mesmo tenho que descer até o
mais obscuro do meu interior,
Resgatar-me em meio a solidão e
dor.
Juntando os pedaços e tentando me reinventar,
Dos cacos, das cinzas, do lamentar.
Vivemos o hoje de forma suicida,
Não é exclusividade minha,
Está no nosso instinto se autodestruir,
Mas, está na nossa essência reerguer, reagir.
Abrace, beije, sorria, viva!
Como se fosse o último gol da última partida.
Somos potencialmente bons ou maus,
Rousseau já falou que o fato é social,
Nossos exemplos ignorantes,
midiáticos, elitistas,
Potencializa nosso lado cruel e
egoísta.
Troque o Cristiano Ronaldo pelo nosso Betinho,
Só assim a vida tem sentido.
Porque se não houvesse o amanhã
com certeza,
O hoje teria valido apena.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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