segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

TÃO SOMENTE BUNDA


Falo de um país sem cabeça,
Tão somente bunda,
Da nação festeira,
Verde, amarela, prostituta.

Onde apenas 40% de um estado,
Tem saneamento básico adequado,
Falo de um local tão amado,
De um Cristo Redentor petrificado.

Onde em 2.016 é certo,
Haverá olimpíadas do sexo.

Um tour sexual para diversão dos gringos,
Que recebemos de braços abertos e sorrindo.

Falo do país que prefere o carnaval,
Na bruta ignorância magistral,
Do que água límpida e abundante,
Na pia, na caixa, no tanque.

Se Maximilien Robespierre fosse brasileiro,
Haveria pedaços expostos de uma série de banqueiros.

O cheiro de patifaria exala no ar,
Como um grego certa vez à exclamar,
"brasileiro só sabe fazer filho e sambar".

Alberto Ativista, escritor e poeta.

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