segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

QUADRO SOCIAL DRAMÁTICO

Enquanto você toma banho de piscina,
Com seu belo carro dobra a esquina,
Pateticamente não observa não,
O dramático quadro social da exclusão.
Onde se mata 40 mil anualmente,
É o trânsito dilacerando gente.
Pare, pense, repense, repare
Sem dinheiro quanto você vale?
Sem estudo, sem profissão
No último país independente então,
A abolir a escravidão.
Ou melhor, não aboliu, transformou
Quilombo em favela, morô?
Por que o negro ocupa a prisão e a favela?
E o branco continua gozando com a Cinderela?
São os vestígios, cicatrizes da escravatura
400 anos sem reparação, infraestrutura.
Por que a polícia mata já parou pra pensar?
Porque defende os interesses da classe A.
Em quem você vai votar é insignificante,
Sua insurgência em conjunto é relevante.
Não nos vemos como um país de irmãos,
Somos inimigos sociais da mesma nação.
Aqui copa não se constrói com hospital,
Somos Deus e o Diabo no mesmo quadro social.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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