domingo, 23 de agosto de 2015

MORRER DE BEBER, OU MORRER POR AMOR?

Em épocas que o coração não anda bem, que o sentimental anda abalado, você busca um novo norte, uma luz no fim do túnel, sai pela cidade a vagar e, uma entre outras opções para um "Alzheimer sentimental e psicológico" é a bebida alcoólica.
Realmente estamos numa era que se afoga todas as mágoas nos bares e churrascos. A namorada não lhe correspondeu? Um ente querido morreu? Perdeu o emprego? A vida anda uma porcaria? Bebida para esquecer! Ela não cura, mas lhe faz esquecer por um instante todas as tragédias da sua vida, só que como a bebida não é mágica, no dia seguinte você acorda pior, e mais uma vez à namorada ou esposa te sacaneia, mais uma vez você relembra os amados que morreram, sai novamente pelas ruas, entretanto, não há um parque temático, não há bons shows com boas músicas, não há teatro, não há grandes palestrantes, mas está lá a maldita bebida, linda e soberana aos olhos do deprimido, elas são de todas as cores, vermelhas, amarelas, verdes, e até transparentes.
Sofro de ressaca, mas não morro de amor, diz uma tal música aí. Outra mais a calhar na minha concepção, diz assim "Todos são que nem eu, reféns do coração". Somos reféns do coração, do sentimento, da saudade, dos amores mal correspondidos etc. Num domingo de sol, nem água de coco, nem praia, só a puta bebida que desce garganta a baixo.
Numa época em que as pessoas não amam e são mal amadas, a bebida é a fiel amante que rasga rins, fígados, ceifando vidas, diria então Sherlock Holmes " elementar meu caro Watson".
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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