quinta-feira, 7 de maio de 2015

O ENTERRO DA PAZ

Não, não jogue essa for, pelo amor
Quanta dor,
Hoje eu sinto,
É verdade não minto.
Eu sempre te quis bem,
Numa sinfonia onde os anjos dizem amém.
Eu habitei em grandes mentes humanas,
Dormi com sonhadores na cama.
Fui objeto utópico de estudo,
De cientistas preocupados com o mundo.
Também fui alvo de tiranos,
Nazistas, fascistas, desumanos!
A peste que se alastra em seu coração,
Gerou meu óbito na corrida por cifrão.
Hoje do meu túmulo observo a pá do coveiro,
Enterrando meu último sopro de desejo!
Agonizo, socorro, alguém!
Não me deixe aquém!
Da vida arquitetada por grandes poetas,
Em rosas, flores de primavera.
Meu arquiinimigo me enterra sem perdão,
É o ódio que tanto ludibriou sua razão.
É o fim,
Sempre assim!
Meu cadáver aqui jaz,
Ouço corvos do nunca mais,
A voz de um demônio sagaz,
Quando viva me chamavam de paz.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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