quinta-feira, 6 de novembro de 2014

ALMA FERIDA

Minha alma chora compulsivamente,
Nos olhos já não existem lágrimas
suficientes.
Chorar não melhora não,
Alivia, mas não cura o coração.
Abro a bíblia sagrada
E leio tais palavras
"Deus usa as coisas loucas para
confundir as sábias".
Ser louco agora é sanidade?
Muitas vezes é a pura verdade.
Os sãos e intelectuais pelo jeito,
Estão perdidos em contraditórios
conceitos.
O sorriso do menino de rua,
O lavrador que vive na labuta,
A doméstica que faz supletivo a noite,
O empregado sem direitos sofre a dor do açoite.
Eu sei o que você sente,
Entende?
Somos iguais,
"e ainda vivemos como nossos pais".
Sou apenas mais um rapaz
latino americano,
Escrevendo pelos cantos,
Fazendo da rima um canto.
Quem canta os males espanta,
Quem escreve faz reboliço na lembrança.
Quantos amores você perdeu?
Eu perdi pai, mãe e às vezes eu.
Toda alma ferida,
Não finda,
Renasce nas poesias da vida.

Alberto Ativista, escritor e poeta.

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