sexta-feira, 24 de outubro de 2014

... E SE FOSSE VERDADE

Foi só um sonho...
Assim me dizia o rapaz madeireiro.
Contava ele:
"Estava eu lenhando umas árvores no sol ardente, cada machadada! Uma mais certeira que a outra!
Por fim, eu levava o tronco e tacava fogo no que sobrou.
Já estava cansado, aqui corria um rio, não sei porque não corre mais... Também não tem muita sombra. Mas, ali pertinho avistei uma árvore velha, mas fazia uma boa sombra. Cansado, coloquei o machado no chão, me deitei e cochilei. Ouvi algum barulho, e acordei, não pude acreditar, um machado mirava a minha cabeça, e de repente, bleu! Decapitou-me, minha cabeça rolava no chão, quando no último suspiro vi o meu assassino, alto, velho, e sorridente! Cada sorriso seu caia uma folha, a árvore que eu não cortei, fez o favor de cortar-me, assim como eu fazia com todas as árvores. Acordei assustado, suado. Peguei meu machado e...! Joguei fora, jurei que nunca mais cortaria uma árvore".
... e se fosse verdade?
Era só um sonho.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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