quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

BALADA INSANA

Aconteceu em 2.006, jovem de 18 anos. Café da manhã, pé na rua para curtição. Manhã, tarde e noite, vodka, whisky e cerveja. Era dia de baile funk, sexta-feira.
Balada insana, o dia todo bebendo, sou jovem, tenho que aproveitar. De longe observei aquela bela mulata rebolando até o chão, uma gata, um tesão. Ofereci um drink, prontamente aceitou. Mal nos falamos e o pega pega começou. Beijo de língua, chupões. A música incitava, a bebida incitava. Dançamos sensualmente, alucinadamente. Fim de baile, destino motel. Uma noite inteira de transa regada a mais bebidas.
Na manhã seguinte quando acordei, estava só, tanto faz, era só uma noite de prazer, fim de semana que vem eu pego outra! Transo, engravido, tô nem aí, é assim que o diabo gosta.
Hoje é 2.016, e ainda não esqueci aquela garota, sabe por quê? A dois dias descobri que sou aidético. E o que ela tem a ver com isso? Lembro perfeitamente que naquela noite no motel, ela pediu para transarmos sem camisinha, inicialmente até hesitei, mas insinuantemente ela me convenceu.
Foi a primeira e a única vez que transei sem camisinha.
Alberto Ativista, escritor e poeta.

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