Nossa querida Bica do Ipu de encantos mil, véu de noiva assim apelidada. Mas há uma lógica nesse véu de noiva, afinal toda noiva tem um noivo, e todos nós ipuenses somos noivos dessa magnitude chamada Bica do Ipu.
A linda Bica do Ipu de 130 metros de altura, retratada no romance Iracema de José de Alencar, onde a bela índia virgem, Iracema dos lábios de mel, apaixona-se pelo homem branco que tudo indica ser uma referência a Martín Soares Moreno fundador da Capitania do Siará. Mas, e a pergunta que não quer calar? Onde está a água da Bica do Ipu? Todos nós sabemos que as fontes que jorram até a Bica formando o nosso riacho Ipuçaba minam água abundante para a Bica ter água o ano inteiro. Porém, essa água é represada para venda. Ué, não entendi... A água é nossa e nós pagamos por ela?
A situação é crítica principalmente no verão onde a água some de vez, a paisagem muda, o verde morre e tudo fica cinza. Pensemos dessa forma, a Bica do Ipu é uma arte natural para invejar qualquer país europeu, de beleza rara se jorrassse água o ano inteiro e fosse bem aproveitada por nossos gestores além de um turismo cada vez maior gerando renda para a cidade, artistas ipuenses (temos muitos) poderiam expor suas obras para os turistas gerando renda para esses artistas que por sua vez gastariam nos comércios ipuenses, todos sairiam ganhando, a arte, o comércio, a natureza, o Ipu.
Mas, nossos gestores só pensam em pistas assim facilitando o super faturamento e o capital para a próxima campanha. Afinal, pista é mais importante que saúde, arte, educação e geração de empregos, porque comemos e bebemos pista, certo?
Alberto Ativista, escritor e poeta.
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